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A SUTILEZA DO PECADO

Os pecados que enfrentamos nos primeiros anos de nossa fé, se não são facilmente resistidos, são, pelo menos, facilmente reconhecidos. Se eu matasse um homem, reconheceria meu erro. Se eu adulterasse, pelo menos teria o bom senso de não  anunciar. Se eu roubasse iria esforçar-me diligentemente para não ser descoberto. Os chamados “pecados menores”, os pecados da carne como foram outrora categorizados, são óbvios e não existe apenas uma comunidade religiosa, mas também uma comunidade civil que protesta contra sua proliferação.

Mas os pecados maiores, os “pecados do espírito”, não se discernem tão facilmente. O diagnóstico é difícil. O que será esse arroubo de zelo? Obediência enérgica ou presunção humana? O que será esta confiança exuberante? Santa ousadia inspirada pelo Espírito Santo ou arrogância alimentada por um ego ansioso? O que será esta liderança agressiva? Fé corajosa ou auto exaltação? E este pregador subitamente importante, com uma grande legião de seguidores apaixonados? Será ele um descendente espiritual de Pedro com seus cinco mil convertidos arrependidos ou de um Arão, satisfazendo o desejo de suas dezenas de milhares com dança e cânticos em volta de um bezerro de ouro?

Não é fácil responder. Nem um pouco fácil. Em nenhum outro lugar o engano é mais comum do que na religião. E as pessoas mais sujeitas ao engano são os líderes. Aqueles que enganam os outros, enganam primeiramente a si mesmos, pois não muitos, eu acho, começam com um proposito maligno. O diabo, afinal, é uma ser espiritual. Seu modo comum de tentação não é por meio de um mal óbvio, mas por meio de um bem aparente. A forma mais comum de adoração inspirada pelo diabo não ocorre furtivamente, com missas negras e galinhas decapitadas, mas sob as luzes brilhantes da aclamação e glória, acompanhada por belas músicas ao órgão. Pense Nisso !

Eugene Peterson

R. Dona Ana Prado, 453 - Vila Prado, São Carlos - SP