“Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te”. Dt 6:6-7

Historicamente, a educação cristã infantil foi responsabilidade primária dos pais. Na igreja reformada, as crianças sempre participaram do culto junto com os adultos, aprendendo a fé pelo hábito, pela observação e pela instrução direta.

O Princípio Regulador do Culto ensina que só devemos adorar a Deus conforme Ele ordena em Sua Palavra. O padrão bíblico sempre foi a inclusão das crianças na assembleia do povo de Deus. Quando Josué leu a Lei ao povo, estavam presentes “os pequeninos” (Js 8.35). No Novo Testamento, Paulo dirige suas cartas diretamente às crianças dentro da congregação (Ef 6:1; Cl 3:20), assumindo que elas estavam ouvindo a leitura pública das Escrituras.

No culto, as crianças aprendem que Deus é santo quando veem seus pais e irmãos mais velhos ouvindo a Palavra com atenção. Aprendem sobre confissão de pecados ao observarem os adultos orando com seriedade. O aprendizado da fé não acontece apenas pelo intelecto, mas pelos hábitos. Separar crianças do culto é privá-las da experiência da adoração comunitária. É dizer, implicitamente, que o culto verdadeiro não é para elas. E o que acontece quando atingem a adolescência e percebem que o culto “adulto” não tem o mesmo apelo emocional do ambiente infantil? Muitas simplesmente se desinteressam.

A compreensão sempre será parcial, mas a exposição contínua à Palavra e aos sacramentos são meios de graça, que formam gradativamente a fé e a conduta dos que participam. Portanto, não troque a reverência pela conveniência, a formação espiritual pela experiencia emocional passageira. A solução está no retorno á simplicidade Bíblica, onde as crianças crescem no meio do povo de Deus aprendendo a adorá-lo imitando seus pais e aprendendo hábitos por toda a vida. (Texto Adaptado)